Cidade-Estado de Ankais

Nikana arqueia a sobrancelha quando ouve a informação que Isaac tinha passado, falando.

Nikana: No fim das contas, esses caras parecem ser bem perigosos. Um atentado tão bem executado como esse deve ter sido planejado por um bom tempo. Quem poderia estar por trás das informações obtidas?

A mercenária se vira para a dracar policial, mostrando sua opinião honesta sobre o que fazer com as informações recém-obtidas:

Nikana: Talvez seja uma boa vasculhar o interior do pilar de sustentação, talvez buscar pistas sobre o tipo de explosivo utilizado e tentar reduzir o campo de busca com as informações obtidas. Com informações desse tipo nas suas mãos, as mãos da polícia, esses caras não vão ficar livres por muito tempo.

Ao escutar a informação que Isaac tinha dito, o krall fica pasmo. Abrir um buraco no pilar de sustentação? Seja lá quem tenha feito isso, está muito bem preparado. Muito bem preparado mesmo

É então que Rael se dá conta da gravidade da situação: o instituto está vulnerável. Agora aquelas pessoas sabem como entrar no instituto, elas possuem a chave de acesso e se puderem, vão invadir o local de novo. A vida do krall estava naquele lugar. Ele investiu tudo o que podia para estar no ITA. Se aquele lugar desaparecesse, não haveria motivos para ele estar naquela cidade.

Não haveria motivos para o krall existir. E por mais extrema e radical que isso fosse, é a verdade. Se o instituto desaparecer, sua função no mundo também. Dedicar uma vida de estudos para nada? Ele não queria ver o fim assim

Sem falar que, se o instituto sumisse, o que ele poderia fazer? O krall não é bom em nada a exceção de seus trabalhos no instituto. O krall não sabia fazer nada se não estudar para produzir projetos de engenharia e trabalhar em pesquisas de mecatrônica.

Rael: eu... posso ajudar? diz, com a voz ríspida e trêmula aquela universidade é... bem... muito importante para mim. Eu dediquei boa parte da minha vida para entrar lá, e quando entrei, eu dediquei mais ainda para me tornar o melhor naquele troço. Não quero que o instituto suma. Além do que, muitas outras pessoas estudam lá.

Juntaekk: E trabalham lá - ele diz, completando o que Rael tinha dito. - Mas, pensem por um lado, se eles já levaram o que queriam, não teriam mais necessidade pra invadir o Instituto. Quer dizer, além daquela informação, eles não vão conseguir mais nada, além ensaios sobre fontes alternativas de energia.

Lahos solta uma risada com o elogio de Isaac. Então o mesmo comenta com o humano depois de ouvir o que o mesmo tinha dito

Lahos: exatamente, Isaac. pigarreia e então volta a falar é importante também lembrar que o buraco no pilar ainda está aberto. Nada impede que eles não possam voltar para lá


Depois de ouvir aquilo tudo, a dracar fala com os dois humanos e os dois kralls.

Gali: então, deixe-me acompanhá-los. Eu sou uma policial aqui e, apesar de novata, eu prometi ao seu pai diz, olhando para Juntaekk que eu iria descobrir o que está acontecendo. Sem falar que podem haver vidas em jogos por trás disso... eu... quero ajudar diz, determinada

Isaac - É verdade, Juntan, mas me diga por que então decidiram destruir parte do Instituto? Só para pegar aquilo? Se eles são tão preparados, poderiam ter pego sem fazer tanto estardalhaço. Ao que parece, eles estavam focando no instituto. Tanto que destruíram todas as vias que a polícia podia pegar para chegar lá. - disse, levando a mão até o queixo de uma forma pensativa - Acho que seria bom se o ITA permanecesse fechado por algum tempo, e com seguranças. Essas pessoas podem ter pego o que queriam, mas e se quiserem algo mais?

Era de fato assustador pensar em toda a estratégia que aquelas pessoas tinham feito apenas para roubar algum arquivo estranho da faculdade. Mas Isaac imaginava o que havia de importante naquela coisa. Será que era tão perigoso assim, se caísse em mãos erradas?
Na verdade, o que mais o assustava era o fato daquelas pessoas serem da parte baixa. Se alguém cometesse algum atentado contra eles, quem garantiria que nenhum inocente seria pego despreparado? Ora, sua família mora lá! Uma guerra entre polícia e aquelas pessoas, logo agora, quando as tensões já estão altas, não seria uma boa coisa.
Foi então que ouviu o que Lahos disse. Olhou para Gali, uma expressão séria estampada no rosto.

Isaac - Ah, e o buraco nos pilares ainda está aberto. Eles podem tentar voltar, por isso digo que é melhor fechar o local por algum tempo. Quem garante que não vão atacar outra vez? Ninguém sabe qual é o plano desses caras, exceto a pessoa que guardou o arquivo lá. Talvez essa seja a única pessoa que tenha ideia do que essa gente quer. Seria bom interrogá-la.

Juntaekk: É, eu não tinha pensado por este lado. Seria melhor "evacuar" o prédio por alguns dias ou meses. Pode ser duro, mas é para o bem de todos. - ele diz se virando para Rael - E mesmo que não aconteça nada, o Instituto tá caindo aos pedaços. O que adianta ter estudado tanto se vai acabar perdendo a cabeça em cima de um livro qualquer?

Ele finaliza, tentando aliviar um pouco a tensão.

Rael escuta o que Juntaekk disse. De fato, não adiantaria estudar tanto e morrer num prédio que poderia ser explodido novamente a qualquer momento.

Rael: bem, mas nós realmente não podemos ficar aqui parados! Se não fizermos nada, eles realmente podem fazer mais estrago ali! Aí sim eu não poderei estudar! diz, socando a bancada temos que descobrir mais sobre isso! Temos que interrogar mais pessoas! Ou ir para a cidade baixa e ver o que aconteceu com o pilar! Não podemos ficar parados!

Rael mesmo se assusta com o que ele estava falando. Nunca o krall esteve tão determinado assim. Era como se sua personalidade tivesse mudado de uma hora pra outra.

Bem, como seu pai dizia uma vez, as vezes, em momentos de crise e tensão, as pessoas tendem a mudar: para melhor ou pior.

Nikana: Não vamos nos exaltar também, é preciso ter calma nesse momento. Antes de mais nada, temos que decidir quem vai lá, e temos que ter um plano sobre como vamos entrar e o que cada um de nós pode fazer uma vez que entrarmos.

A humana vira de costas para o grupo e dá poucos passos em direção a porta da delegacia, continuando sua fala:

Nikana: Determinação é algo admirável, te dá forças para prosseguir, mas se você perder a calma, você também perde visão do caminho que deve seguir para alcançar seu objetivo.

Ela volta a se virar para o grupo:

Nikana: Nossa objetivo seria entrar no pilar e procurar pistas ou procurar os culpados? Se formos atrás  dos culpados, é bom termos em mente que provavelmente vai rolar um combate, é mais sábio se preparar.

Gali escuta o comentário de Isaac e diz ao homem:

Gali: isso seria sábio, mas duvido que ele vá nos dizer isso. Talvez seja importante demais, até mesmo para a polícia e... bem, sabe-se lá onde e quem guarda o tal do códex. A melhor coisa a se fazer no momento é realmente ir até o pilar que essas pessoas destruíram e investigar o aconteceu

Isaac assentiu para a serint, e então lançou um olhar para a mulher dos cabelos flamejantes. Era verdade, se estavam indo em busca de culpados, era bem provável que um duelo fosse ocorrer. E ainda que confiasse em suas habilidades de batalha, o jovem não sabia se estava pronto para lutar com pessoas aparentemente tão preparadas assim.

Isaac - Bem, então creio que não podemos desperdiçar mais tempo. - o Wemyss cruzou os braços - Lahos, obrigada de novo pela ajuda. Acho que vou com a polícia investigar os pilares, mantenha-me atualizada. - sussurrou para que só o seu amigo escutasse por meio do comunicador.

Rael assente com a cabeça ao escutar o que a dracar tinha dito. Ele então fala: 

Rael: eu... provavelmente não serei de muita ajuda. Eu não sei lutar. Tenho apenas uma electro-glove que eu guardo comigo no meu apartamento. Mas... eu posso ir lá pegar, talvez ajude. Eu também sei um bocado de mecatrônica e engenharia... e vamos entrar dentro daquele pilar, sabe-se lá o que tá lá dentro. 

Juntaekk balança levemente sua cabeça para os lados, pensando. Ele tinha aprendido a se defender, mas nunca tinha lutado contra ninguém. Diabos, ele tinha um revolver e nunca sequer tinha puxado seu gatilho sequer uma vez.
Mas mecatronica era um campo em que ele tinha certo conhecimento (mesmo sendo conhecimento na base do "erro-e-acerto"). Ele poderia ajudar com algo. Nem que fosse um comunicador, ou mesmo um óculos de visão noturna. 

Juntaekk: Não sei se isso é exatamente pro nosso bico. - Ele diz, após ponderar por um tempo - mas suponho que poderia auxiliar as pessoas certas com o equipamento certo.

Gali sorri ao ouvir o que Juntaekk dissera. Todos ali teriam alguma utilidade naquela missão, que, sem dúvidas, não seria fácil.

Gali: muito bem. Juntaekk, Isaac e essa humana ruivinha aí, venham comigo. Rael, chamarei uma viatura para te levar nos seu apartamento e para depois te deixar na cidade baixa, perto do pilar, ok? disse, indo atrás do balcão/mesa para pegar uma chave algum de vocês já pilotou ou já andou de aerocarro? diz, sorrindo

Juntaekk: Digamos que eu ... nunca tenha dirigido um, mas conheço o suficiente pra dar uma voltinha neles sem que ninguém morra. - ele diz com um sorrisinho maroto - a senhorita permite que eu seja o "piloto", senhorita Gali?

Gali assente, sorrindo para Juntaekk

Gali: mas é claro! fala, indo em direção a porta da delegacia. me sigam

Enquanto Gali ia para fora da delegacia, Rael já estavam sendo escoltado por dois policiais e iriam levá-lo para o seu apartamento, para que assim, pudesse pegar seu equipamento.

Do lado de fora da delegacia. A dracar esperava ao lado de um aerocarro. A nave tinha o formato de um carro de carroceira sedã, com as cores da polícia de Ankais (branco e preto).

Gali: vamos entrando diz, sentando-se ao lado do banco do motorista, no assento de carona. não podemos perder tempo

Juntaekk entra no aerocarro e se senta no banco do motorista. Como ele imaginava, os controles eram ainda mais fáceis do que tinha lido no manual. Ele sentiu a manopla, e se pegou imaginando a que velocidade aquela belezinha poderia chegar.

Mas, deixando esses pensamentos de lado, ele se virou para Gali e perguntou
Juntaekk: A senhorita sabe se este veículo possui algum tipo de ferramenta? Qualquer coisa serve .. eu posso fazer um micro-droide de reconhecimento com algumas peças sobressalentes. Não vai ficar uma beleza, claro, mas serve pelo menos pra reconhecer a área em que vamos nos meter sem precisar enfiar a cabeça no ninho das cobras [e consequentemente, perdê-la]

[Isaac e Nikana entram no aerocarro em modo bot]

Gali: hmmm... deixe-me ver...

Gali rapidamente sai do carro e vai para o bagageiro do mesmo. Ao abrir, ela pega uma caixa com alguns materiais mecânicos e eletrônicos pré-montados. Ela também pega um par de pistolas de plasma que estavam guardadas ali dentro.

A dracar retorna para o banco, fecha a porta do carro e põe a caixa sobre suas pernas.

Gali: aqui tem algumas coisas que podem ser úteis. Circuitos, sensores, engrenagens, relés, bobinas, motores, fios... tudo o que um engenhoqueiro mecatrônico pode precisar. E o melhor, tudo pré-montado.

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Enquanto o quarteto se preparava para voar, o aerocarro onde Rael se localizava já estava decolando, levando-o para o seu apartamento.

Juntaekk: Beleza, é perfeito. Joga tudo no meu colo, senhorita Gali, e se segura firme. Simbora.

Ele dá partida no aerocarro, e decola o mais rápido o possivel [dentro do limite permitido  ] para a cidade baixa, onde se localizava o tal pilar destruído.

Demorou um pouco para que Juntaekk localizasse o pilar. Apesar de ser um treco enorme, era a primeira vez que ele ouvia a respeito dele, ou talvez nunca tenha prestado atenção à estrutura. Ou talvez os dois. 

Ele saltou do carro, e com as ferramentas, rapidamente montou um "ser" que mais se parecia com uma pequena aranha de três pernas e uma lente no meio do que seria a cabeça de um aracnideo de verdade.

Juntaekk: Aqui está ele. - o krall diz, mostrando orgulhosamente sua criação - este é o pequeno intruso espião que eu montei. Como eu já disse, não é lá grande coisa, mas vai nos ajudar muito. - ele coloca o espião no chão, e liga seu HaHD - eu o liguei a este dispositivo, então ele vai servir como um telão para acompanhar o que o pequenino está vendo 

Para demonstrar o que estava dizendo, Juntaekk mexe em alguns controles em seu HaHD, fazendo com que o micro-droide virasse sua camera para o krall, que sorri e acena.
Sua imagem é reproduzida no HaHD.
Em seguida, ele foca Isaac e Nikana, e a própria Gali, que parecia bastante satisfeita.

Todos já se localizavam fora do carro, na cidade baixa de Ankais.

Ao ver o "invento" de Juntaekk, a dracar aplaude o krall, dizendo-lhe

Gali: a melhor gambiarra que eu já vi. Isso com certeza vai nos ajudar! disse, empolgava, enquanto pegava os dois rifles de plasma e guardava-os em seus coldres (que estavam presos no cinto).

Entretanto, algo estava estranho. De fato, havia uma abertura gigante na base do pilar, e de longe era possível ver aquele buraco naquela estrutura de ferro gigante. Mas... não havia ninguém nos arredores. As ruas que circundavam o pilar estavam vazias. Não parecia haver ninguém por ali

Nikana observa enquanto Juntaekk monta sua gambiarra de reconhecimento. Era impressionante para alguém com pouco conhecimento a facilidade que o Krall demonstrava na hora de montar o pequeno aparato.

Nikana: Bom trabalho, Juntaekk, mas nós já estamos chegando no lugar que queríamos. É hora de mantermos o foco, como vocês querem fazer isso?

Os olhos da humana percorrem os rostos do grupo inteiro, até que ela termina se virando para Gali.

Nikana: Oficial, como devemos agir?

Gali olha pensativa para o pilar por um instante, como se estivesse elaborando uma estratégia de combate.

Gali: vamos em direção ao buraco. Mas não entremos ainda. Vamos ficar na entrada da abertura. então, depois de responder a pergunta da humana, a dracar olha para Juntaekk e diz ao krall: leve sua "aranha" para dentro da abertura. Faça-a subir pelo menos 10 metros adentro do buraco. Precisamos saber o que tem lá dentro, ou se há alguém lá dentro.

Juntaekk: Sim, senhora - ele diz, ampliando um pouco a imagem no HaHD para que todos podessem ver, e controlando a "JK-Aranha" [SCP rs] para dentro do buraco.

Ele subiu por alguns metros, vendo apenas cabos de um material extremamente comum, mas forte meio corroídos e destruidos. Alguns pontos que ainda estavam em curto devido a explosão, mas nenhum vulto que pertencesse a um ser vivo.

Juntaekk: Caramba - ele diz, lentamente virando a camera - aqueles caras conseguiram uns explosivos da pesada mesmo pra conseguir fazer esse tipo de estrago. Veem essa rachadura aqui? - ele diz, aumentando a imagem e apontando pra uma larga rachadura na parede - precisaria de uns ... dois .... não, 4 quilos de dinamite pra fazer isso aqui. 

Com a imagem ampliada, Juntaekk percebe que algo se movimentou na escuridão. Teria percebido o drone? Ou estava só fugindo?

Juntaekk: Espera, acho que tem alguma coisa ali ...

Olhando pela imagem holográfica do HaHD, era possível ver uma plataforma que está logo acima de onde está o robô. Aparentemente o vulto estava subindo naquela direção

Gali: isso é estranho... talvez ainda tenha gente ali. Juntaekk, faça o robô subir até a plataforma

Enquanto isso, outro aerocarro pousava próximo aonde Juntaekk havia estacionado o aerocarro. Dali, saem dois policiais acompanhando Rael.

Isaac havia permanecido em silêncio por todo o momento, preparando-se para qualquer coisa que tivessem de enfrentar. Ficou animado ao ver Juntaekk construindo aquele pequeno "ser", anotou mentalmente algumas dicas, e então cruzou os braços sempre ao lado do grupo. As adagas estavam na sua cintura, penduradas no cinto. Há quanto tempo não lutava realmente com outra pessoa? De fato, não havia estado muito presente em protestos nesses últimos dias. Mas o Wemyss balançou a cabeça e deixou aqueles pensamentos de lado, precisava se concentrar na missão agora.

Isaac - Você não acha que pode ser uma daquelas pessoas né?

Juntaekk: Ok - ele diz, reduzindo um pouco a luminosidade da aranha, e a fazendo subir em direção a plataforma - hmmm, isso é ruim. Não sei se é a distância, ou se tem algum outro aparelho gerando interferencia, mas a imagem está ficando instável. - Conforme subia, o vulto se avolumava, mas ao mesmo tempo, ficava cada vez menos nitidio. 

Ao alcançar a plataforma, a imagem estava praticamente toda cheia de chuvisco, e um barulho estranho podia ser ouvido. Soava levemente como vozes, mas o aparelho de som já não era bom, e com toda a interferencia tinha ficado ainda pior, dificultando a identificação. 

Juntaekk: "Hashkak, esses porras colocaram um maldito aparelho de interferencia nesse buraco. O que quer que estejam fazendo, não é nada legal"


Quando conseguiu se aproximar o suficiente, o JK-Aranha foi capaz de vizualizar 3 individuos. Provavelmente, os dois da faculdade e mais um. Mas, eles também viram a pequena camêra. E prontamente a esmagaram, fazendo um apito sonoro ser emitido do HaHD de Juntaekk.

Juntaekk: ARGH!!!!