Cidade-Estado de Ankais

Isaac aperta o punho e controla a sua vontade de juntar qualquer coisa do chão e jogar no carro. Tinha em mente que da próxima vez que visse aquele homem, diria umas certas verdades. Mas no momento, não havia mais nada que pudesse fazer.

Isaac - Seu filho duma cadela manca - resmungou o rapaz, enquanto entrava na delegacia outra vez e pegava a cena da dracar pela metade. Aproximou-se dos dois kralls e esperou que dissessem alguma coisa.

Juntaekk: Me desculpe, senhorita, não pretendia assustá-la - ele diz, gentilmente pegando a mão da dracar e pousando ali um beijo [Shiiza-chan mode ON] - me perdooe também pelo meu ... pai. Ele não costuma ser muito paciente com jovens e belas senhoritas.

Rael olha a cena que Juntaekk acabara de fazer e leva o rosto a sua mão, num belo "facepalm". Parece que do nada, Juntaekk tinha esquecido do motivo deles terem ido até a delegacia.

Mas ele também não deixava se invejar o krall. Nunca em anos Rael teria coragem de fazer isso com uma garota. Na mesma situação ele travaria

Rael: então... eh... nós estávamos no instituto durante o ataque, digo, dentro dele.

O rosto da dracar ficou completamente vermelho. Por uns segundos, sua pele parecia com a pele do krall que beijou sua mão. Ela estava completamente envergonhada com aquela situação, e também surpresa com a forma que aquele krall estava lhe tratando. De forma tão... cordial.

Porém, mesmo envergonhada e desviando o olhar, era possível ver um sorriso no rosto da mesma.

Gali: oh... eh... eu... diz, "travando", tentando achar palavras para dizer ao krall sem problemas, eu já tive que lidar com pessoas ignorantes diz, falando rapidamente, como se aquelas palavras estivessem presas ali.

Ela então "solta" sua mão e põe-se a pegar um tablet holográfico que estava encima da mesa. Ao ouvir o que Rael tinha dito, ela começa a digitar no tablet, anotando o que ele tinha falado.

Gali: então você estava lá dentro do instituto? fala, enquanto olhava para o tablet então suponho que vocês tenham alguma informação importante a respeito do ocorrido?

Enquanto a dracar digitava no teclado holográfico, um "spark" surge em sua cabeça ao lembrar-se de algo que o krall tinha acabado de dizer.

Gali: espera, espera, espera. diz, colocando o tablet encima da mesa você acabou de me falar que você é o filho daquele cara? diz, olhando para o krall que havia beijado sua mão

Isaac observa (em 3D) as ações de Juntaekk e a reação da serint, com um meio sorriso no rosto. Aquele krall era engraçado de certa forma, eles se dariam bem se continuassem a se falar no futuro.

Isaac - Sim, senhorita, nós estávamos lá dentro. E tenho algumas informações que consegui com uns amigos, que podem ajudar. Isso se vocês já não souberem, é claro. - Disse enquanto olhava ao redor, tentando não chamar a atenção dos outros oficiais da delegacia. Isaac já havia passado bastante tempo nesse lugar, e alguns dos policias conheciam o seu rosto. Sua sorte era que essa serint parecia ser nova nas redondezas, por isso ainda não havia o reconhecido. Por enquanto, estava tudo bem.

Juntaekk sente um repentino e sincero desejo de se dar um murro. Aquele .... PAI tinha acabado de maltratar a pobre Gali, e ele chega ali, todo pimpão dizendo que era FILHO DO CANALHA. 

Juntaekk:"UGH, sua MULA"
Juntaekk: Err ... só detalhes, senhorita Gali. Nós não temos muito em comum, só uma parte do DNA e o sobrenome - ele diz com um sorriso maroto - ah, mas voltando ao assunto, sim, nós estavamos lá. E encontramos uma galera bem estranha, sabe ...

Rael assente com o que Juntaekk dissera, e então continua a falar com Gali

Rael: bem... eu e esse krall aqui aponta para Juntaekk fomos pegos de refém por duas pessoas que tinham invadido o instituto. Os dois estavam armados - inclusive, uma das pessoas carregava uma arma de plasma bem potente. diz, enquanto um lapso de memória vinha a sua cabeça do disparo de plasma no teto do instituto eles estavam atrás de um treco chamado "códex". Porém, eu não sei do que se trata. fala, olhando para Juntaekk você também não sabe, não é?

Gali assente com a cabeça com o que o humano tinha falado.

Gali: ótimo. Diga tudo o que você sabe sobre o ocorrido no instituto. Qualquer informação é de grande valor. sorri para o humano

Logo após ouvir o que o humano tinha falado, ela escuta o que o krall dissera e sorri para o mesmo, soltando uma gargalhada

Gali: fico feliz eu saber que você não é parecido com seu pai, afinal, ele não parece ser lá uma pessoa amigável diz, rolando os olhos sem ofensa a ele ou a você.

Por fim, ela começa a ouvir o que Rael estava dizendo, e volta a pegar o tablet para anotar o que o krall dizia

Gali: isso é realmente preocupante. fala, enquanto digitava, pensativa se eles invadiram o instituto é porque eles queriam pegar alguma coisa de lá, alguma coisa que não poderia ser simplesmente invadida por meios eletrônicos. Digo, provavelmente esse códex deve ser algo que não pode ser hackeado via Cybernet...

Isaac assente para a serint e então começa a recordar do que Lahos havia dito. A única informação que tinha, a polícia já devia saber. Ora, foram os próprios policiais que viram aquele grupo armado na cidade baixa. Mas, agora que pensava, se blefasse um pouco mais e conseguisse outras informações de Lahos, talvez pudesse fazer uma troca. Havia uma certa garota especial com alguns problemas, então se pudesse ajudá-la, seria um grande passo.

Isaac - Eu posso dizer, é claro. Mas farei uma proposta antes, e se puder - ele lançou um olhar para os dois kralls, e de volta pra serint - a sós. É um assunto... delicado.

Enquanto isso, ligava o seu comunicador e tentava encontrar a frequência de Lahos outra vez.

Isaac - Atende mané, atende.

Juntaekk coça a barba, pensativo.

Juntaekk:"Códex? Não sei do que diabos estão falando ... será que é aquele segredo da familia? Aquele negocio que os Mzash protegem desde que o Império Ga-Ryon era só uma tribo?"


Juntaekk: Não sei o que é esse Codex, senhorita [Signorina] Gali. Só sei que na familia Mzash nós temos algo muito importante ... e o sistema que aqueles estranhos acessaram tinha a localização e a forma de encontrar essa "coisa"

A mercenária vai diretamente para a delegacia após sair de sua casa. O lugar estava bem movimentado, e Nikana não esperava algo diferente, afinal, um local no centro da cidade alta tinha sido alvo de um atentado que deixou muita gente ferida.

Nikana: Certo, é hora de descobrir tudo o que posso. Meu sucesso aqui provavelmente vai fazer a diferença entre uma missão possível ou só um projeto de missão.

Murmurando isso do lado de fora, a garota entra no estabelecimento, ao passo em que se concentra para pegar conversas sobre o assunto.

Uma onda de rádio atinge o comunicador de Isaac, e então a voz do qaelo começa a ecoar pela augmentação

Lahos: teste. Um dois, um dois, um dois. diz, falando pelo seu rádio-comunicador tá me ouvindo? Isaac? O que acabou de acontecer? diz o qaelo, preocupado

Ao ouvir o que Juntaekk disse, Gali torna a ficar pensativa. De fato, era algo muito importante para ter que explodir parte de instituto e invadi-lo.

Gali: o que eu vou falar pode parecer meio estúpido, mas... põe a mão no queixo, pensativa será que o códex é um livro? Digo, com folhas de papel? Um livro de verdade? Digo, até onde eu sei, não é possível hackear um livro.

Ao ouvir o que o humano tinha falado, a Serint arqueia a sobrancelha, e indaga ao homem

Gali: tão importante para esconder de seus amigos kralls?

Juntaekk pensou por uns segundos, tentando puxar algo de sua infância. Ele se lembrava bem vagamente de ser apresentado a um bloco com umas folhas estranhas no meio.
Algo que ninguém mais tinha em lugar nenhum. Também se lembrava de achar aquilo engraçado ... como que pensaram em unir papel com couro? E ... cola? Que ideia mais ultrapassada.

Ele fora repreendido pelo pai por ter rido daquela coisa. 
"Não ria, Juntaekk" - veio a voz de Kalyek em sua lembrança "isto é um artigo feito há muitos anos, por isso não possui a mesma tecnologia que você conhece hoje. Mas é tão ou mais importante e perigoso do que qualquer artefato conhecido. Quando eu morrer, ele ficará sob SUA guarda."

Juntaekk: Sim ... acho que é isso que você chama de "livro" - ele diz, num tom um tanto vago - meu Azi me mostrou algo assim quando eu era um moleque ... deveria ser aquilo.

Isaac pigarreou uma vez, para confirmar que estava ouvindo a voz de Lahos no comunicador. Não era exatamente um bom lugar para falar, e já que os jovens possuíam um "dialeto" secreto para situações como essa, o Wemyss resolveu usar.

Isaac - Ah, a informação eles podem ouvir. A parte do trato que digo que é delicada. - disse com um meio sorriso no rosto, mas calou-se logo após para ouvir o que Juntaekk dizia. E também, o que Lahos queria dizer.

A dracar assente com a cabeça com o comentário de Juntaekk, e então diz ao mesmo

Gali: seja lá o que eles queriam com aquele livro, era algo de muita importância diz, com um olhar pensativo para o teto

Ao ouvir o que Isaac tinha dito, ela pega o seu tablet holográfico e então abre uma nova aba no programa que estava usando para digitar as informações que os dois kralls e o humano estavam dizendo

Gali eu não tenho tempo para sair, pelo menos, não ainda. Portanto, escreve aqui o que você quer dizer diz, entregando o tablet holográfico a Isaac

Nikana reconhece as vozes de um grupo de pessoas que estava ali na delegacia. Olhando por cima de alguns policiais ela vê, Juntaekk, Isaac e o outro Krall que tinha dedurado sua aproximação no ITA (ela lembra!).

Nikana: Ho-ho... não sei que informação o Isaac pode ter, mas lá no Instituto Juntaekk e o outro Krall pareciam saber o que eles queriam. Talvez eu não devesse ter me afastado, acho que vou me aproximar um pouco para ver se consigo ouvir os depoimentos...

Sussurrando para si mesma, a mercenária vai se aproximando vagarosamente, de maneira natural, até estar perto o suficiente para ouvir o que o grupo falava.

Isaac assente para a serint e pega o tablet, pronto para escrever sobre a situação que sua amiga especial estava passando. Descreveu o ocorrido, as injustiças e então os problemas monetários que a garota estava passando. Tentou ser o mais polido e gentil possível na escrita, pois era aquilo que iria ganhar ou não a aprovação de Gali. Quando estava finalizado, devolveu o tablet para a serint, o rosto sério esperando uma resposta.

Isaac - Aqui está, senhorita Gali.

Após, esperou que Lahos lhe dissesse o que havia descoberto sobre o grupo armado, qualquer coisa serviria. Qualquer coisa importante, claro.

Rael comenta com a dracar, inquisitivo

Rael: é bem capaz de ser verdade. Veja bem, seja lá onde este livro está, para acessá-lo e tê-lo em posse, provavelmente deve ser necessária uma senha. Se é tão importante que não se pode escrever tal informação num aparelho eletrônico, então acredito que esse troço deva ser guardado num lugar de segurança máxima... mas era mesmo necessário explodir quase metade do instituto? diz, cruzando os braços, frustado. acho que além de querem obter o tal códex, eles queriam também desestruturar o instituto, deixá-lo frágil... vulnerável

É então que o krall se apoia na bancada/mesa da delegacia. Então ele percebe, usando sua excelente visão periférica, a aproximação de uma figura bem semelhante:

Rael: hashkak, você!? indaga, surpreso, percebendo a aproximação de Nikana, a humana de longos cabelos ruivos. Antes mesmo dela chegar perto do grupo, o krall fala com os demais: pessoal, aquela humana voltou. diz, chamando a atenção de Isaac e Juntaekk você veio prestar depoimento também? fala, sério, mas dessa vez, olhando para a humana

(E lá vamos nós... uma vez mais)
Nikana mantém um olhar sério, respondendo o Krall.

Nikana: Um depoimento? Bem, talvez. É pra isso que vocês estão aqui? Descobriram mais alguma coisa?

Pela segunda vez ela tinha sido detectada por Rael, e pela segunda vez ela tinha sentido a vontade de igualar as cores do rosto e do cabelo do jovem Krall. Mas pela segunda vez a mercenária se conteve.

Nikana: As autoridades já descobriram algo sobre o ocorrido além daquilo que vocês presenciaram?

Gali pega o que estava escrito no tablet. O rosto da Serint fica sério quando ela começa a ler o que estava escrito do tablet.

Gali (pensando): envolvida em problemas de gangue... contrabando de armas... ela fuma Szubek??? Uh, que merda, mas ela tem um ponto aqui, ela realmente não parece ser má pessoa...

Gali começa a digitar no tablet e então passa para Isaac a seguinte mensagem:


Então, a dracar percebe a aproximação de Nikana. E respondendo as perguntas dela, a atmoriana diz:

Gali: não temos nada de novo. Mas se você souber de algo, será de grande ajuda. E não, nenhuma informação nova... diz, soltando um suspiro falando nisso, você conhece esses? diz, apontando para os dois kralls e o humano

Isaac observa a expressão da serint com cuidado, e por um segundo pensou que a resposta seria negativa. Mas quando viu a mensagem no tablet, abriu um sorriso aliviado. 

Juntaekk: Uma coisa é certa - ele diz, coçando o cavanhaque - eles sabiam que a chave pra encontrar o livro estava na ITA, e eles devem ter conseguido essa informação de alguma forma. Normalmente, nem os funcionários de alto-escalão de lá sabem sobre isso. Só os mais chegados à familia, e meus irmãos é quem sabem.

Nikana se vira para a dracar, respondendo a oficial.

Nikana: Um pouco, estava acompanhando um amigo meu no Instituto quando tudo aconteceu, consegui ver de longe esses dois - a humana aponta para os Kralls - sendo levados por dois indivíduos armados. Tudo o que ouvi é que eles pareciam estar atrás de informações, e que eles aparentemente conseguiram o que queriam.

A dracar assente com a cabeça com o comentário dos humanos e do krall.

Gali: entendo, entendo... de fato, para saber de tal informação, alguma pessoa muito próxima deve ter dado essas informações para esse grupo... ou, bem, deve ter sido forçada a dar tal informação. diz, suspirando com certeza é o meu dia de sorte. No meu primeiro dia de trabalho em Ankais eu já terei que me envolver com coisa grande... fala, passando a mão na sua cauda, nervosa então, para onde vocês vão agora? Retornarão para suas residências?


Enquanto a dracar falar, a onde de rádio de Lahos começara a entrar novamente em sintonia com o comunicador de Isaac. Nisso, o qaelo começa a dizer:

Lahos: CONSEGUI, ISAAC, CONSEGUI!! fala, gritando pelo comunicador TAQUEPARIU, SOU FODA!!

No fundo do comunicador, era possível ouvir uma outra voz. Esta, por sua vez, feminina e bem aguda

???: Lahos, você poderia fazer o favor de CALAR A BOCA? Tô morrendo de dor de cabeça aqui!

Lahos: oh... desculpe Kälio diz, soltando um suspiro foi mal. Mas a Kälio caiu da moto dela e... bem, bateu a cabeça num poste. Mas não se preocupe! Ela tava usando capacete, só tá com a cabeça machucada. diz, rindo eu já avisei pra essa maluca pra não fumar Szubek e dirigir!

???: cala a boca Lahos diz. Logo após a fala dela, era possível ouvir um "objeto macio" atingindo Lahos nas costas e logo então caindo no chão

Lahos: caraca... ela tá muito chapada mesmo, ela geralmente jogaria um tablet ou um objeto de metal em mim. Dessa vez ela jogou um travesseiro... ugh diz, enquanto pegava o travesseiro e colocava-o na sua cama então. Isaac. O que eu descobri foi o seguinte: De alguma forma, como eu não sei, os "invasores" conseguiram perfurar o pilar de sustentação da plataforma que separa a cidade alta da cidade baixa! Dessa forma, ele conseguiram subir por dentro do pilar, usando o sistema de tubos do interior deste. Quando eles chegaram no interior da plataforma de sustentação, eles usaram explosivos para abrir um buraco nela. Foi assim que eles entraram no instituto. Suponho que os explosivos foram posicionados exatamente abaixo do lugar onde estavam os geradores.

Isaac estava observando a delegacia enquanto esperava Lahos falar, e quando ouviu a voz do jovem, abriu um sorriso animado. Foi então que também escutou a voz de Kälio lá trás, aparentemente, a garota não estava "nos seus melhores dias".

Isaac - Caralho! - disse um pouco alto demais, mas logo que viu os olhares indo em sua direção, calou-se e desviou o olhar. Esperou que a atenção não estivesse mais em si para sussurrar - Ainda bem que ela tava de capacete. Gente, que perigo. 

Isaac balançou a cabeça, teria de dar um jeito na sua amiga, agora que havia livrado a sua cara na polícia. Porém, ao ouvir a notícia de Lahos, o jovem surpreendeu-se. Quem quer que estivesse por trás daquele ataque, era muito bem preparado. Não, era profissional.

Isaac - Obrigada Lahos! Você é mesmo foda, seu lindo. - sussurrou para o seu amigo, enquanto voltava o olhar para Gali, a fim de transmitir a informação. - Senhorita Gali, a informação que eu tinha. Ao que parece, essas pessoas armadas perfuraram o pilar de sustentação que divide a cidade alta da cidade baixa. Subiram pelo sistema de tubos de lá, e usaram explosivos para entrar no instituto. É provável que os explosivos tenham sido posicionados estrategicamente embaixo de onde ficavam os geradores. Por isso o pane geral.