Cidade-Estado de Ankais

Isaac dá um sorriso para o homem e começa a caminhar para dentro do bar, pela porta da frente, já que seria um tanto estranho levar Juntaekk pela porta detrás da casa.

Isaac - As comidas humanas, você diz? Elas são normais, digo, pra mim. Não tenho como explicar muito bem, então que tal você provar? Hoje o especial do café da manhã é panqueca de mirtilo. Talvez você goste.

(continuar no tópico da residência :v)

Rael apenas adentra no edifício novo, sem olhar para trás para ver aonde os outros dois estavam indo, o krall estava assustado demais para isso.

Rael: finalmente... diz, sentindo todo o corpo tremer, ainda efeito da corrida. que droga de dia... melhor ir logo pra casa e terminar com isso assim diz o krall, indo em direção ao elevador do prédio, para ir para sua casa

[Continuação do A.P do Rael]

Enquanto Illaryia se aproximava dos portões da universidade, era possível perceber algo um tanto estranho: várias pessoas estavam localizadas no pátio (e nos arredores do instituto)

Era comum ver pessoas no pátio, nas calçadas, no arredores da construção, mas aquela situação era diferente: todas as pessoas que estavam dentro do instituto, sejam pesquisadores, professores, estudantes ou apenas funcionários estavam fora - e se não todos, a maioria.

Illaryia entra correndo pela universidade e não se dá conta do primeiro aglomerado de pessoas, apenas quando passa por mais algumas 20 pessoas nota que algo de diferente estava acontecendo ali. Ela dá uma olhada ao redor, tentando ver do que se trata e é claro, quem estaria ali. Ao notar alguns professores ela resolve dar uma olhada, a coisa deve ser realmente séria porque parece que absolutamente TODOS os funcionários daquela instituição estão faltando com seu dever.

Ela tenta procurar alguém para pedir informações mas como é um tanto quanto tímida encontra dificuldades. Um homem estranho, uma mulher estranha, seu professor estava relativamente longe, outros homens estranhos... Então a Krall encontra uma moça que parece bem-apessoada e pede ajuda à ela.

Illaryia - Oi, ér... Com licença, você sabe o que está acontecendo aqui? - Pergunta timidamente enquanto tenta procurar o motivo daquela multidão estar ali.

A moça que Illaryia tinha falado se tratava de uma kralli. Não mais alta que 1,60, de cabelos ruivos escuros na altura do ombro e olhos amarelados bem escuros também.

Kralli: eu... não sei. Ninguém sabe o que está acontecendo. Digo, do nada a energia no instituto acabou! A energia caiu! Deu um blecaute e do nada os equipamentos eletrônicos pifaram! diz, assustada ainda bem que todos saíram... mas isso é estranho! Isso nunca aconteceu antes!

Ao saber da notícia, Illaryia se espanta e arregala os olhos.

Illaryia - S-Sem energia? A quanto tempo? - A moça tenta arranjar mais alguma informação com a outra Kralli.

Ela nunca pensou que o Instituto de Tecnologia de Ankais ficaria sem energia, afinal é um maldito Instituto de TECNOLOGIA. Depois de um certo tempo, sem muitas informações, ela decide ligar para seu pai.

Illaryia - Alô, pai? O Instituto está sem energia. Você teria alguma informação sobre o ocorrido? O pai de Illaryia, como era militar deveria saber de alguma coisa. Mesmo que pequena, saberia mais do que qualquer um que ali e inclusive ela mesma.

Kralli: já faz mais ou menos uma hora que a energia caiu! diz, ainda assutada isso tá muito errado...

A situação começa a ficar pior. Todos estavam inquietos com o tumulto. Alguns estudantes já tinham até saído dali, vendo que não teriam mais aula. Mas a cada momento que passava, o caos só piorava.

Então, na chamada, o pai de Illaryia responde

Hodaj: filha? Mas o que diabos você acabou de dizer? O instituto não está... "funcionando?" pergunta, curioso e assustado ao mesmo tempo eu não faço idéia do que pode ter acontecido, mas uma falha técnica não pode ser a responsável por isso.

Concordando com o pai a Kralli responde:

Illaryia - Sim, ele não está funcionando. Eu achei um tanto quanto estranho porque afinal eles têm geradores, nós temos geradores, e é um instituto especializado em tecnologia. Simplesmente não pode faltar luz. Acho que algo muito estranho está acontecendo. - Ela põe a mão na coxa direita e sente a bainha a qual sua lâmina ionizada se encontra. Vagarosamente ela se dirige á entrada do Instituto para ver se alguém ainda se encontra lá dentro e dependendo desse alguém ajudar a sair.

Hodaj, seu pai, escuta aqui tudo, e então apenas diz a sua filha:

Hodaj: tome cuidado, minha filha... não faça nada imprudente. fala, com a voz apreensiva, desligando o telefone

Tudo já estava caótico lá, as pessoas estavam com medo, apreensivas e nervosas, a situação ali não poderia piorar.

Mas ela piora.

Vindo dos fundos do instituto, na área onde se localiza a central de energia (e onde estavam os geradores), ocorre uma grande explosão que leva uma parte do instituto aos ares.
Logo em seguida, uma poderosa onda de choque surge, oriunda da explosão, derrubando várias pessoas que estavam ali nos arredores da universidade. Após isso, o pânico se espalha. Todos saem correndo, gritando de medo.

Depois da explosão apenas um louco ficaria ali e é claro Illaryia é louca. A menina, depois de se levantar do baque, sacode suas roupas, checa sua adaga e olha para onde ocorreu a explosão.

Illaryia - Os geradores...- A partir desse momento Illaryia não tem dúvidas de que a situação não se trata de uma simples falta de energia. Era algo muito maior do que isso. Ela olha ao redor e nota diversas pessoas ainda caídas no chão, outras corriam em pânico e algumas paradas apenas observando o que tinha acontecido, em choque. Ela gostaria de investigar os geradores mas não é prudente, aquela região está perigosa demais para chegar mais perto.

A moça começa a correr, mas não por sua vida e sim em direção aqueles que ainda estão caídos. Ela corre, torcendo para que eles só precisem de uma ajuda para levantar e logo poderem correr e ir para um lugar mais seguro. Ela corre e tudo parece estar em câmera lenta, algumas pessoas conseguem levantar, outras de despertavam do pânico... Mas muitas ainda não estão respondendo direito.

Illaryia - CORRAM, CORRAM! AQUI NÃO É SEGURO! - Grita em meio a multidão.

Ela sabia que apenas gritar não ajudaria, então foca seu olhar em uma pessoa e corre para ampará-la.

Illaryia - Que não esteja morta, que esteja bem, que esteja bem, por favor. - A Kralli corre o mais rápido que pode, o que para um Krall é bem rápido.

A pessoa a qual Illaryia estava amparando era uma humana. Uma das estudantes do instituto. Ela estava desmaiada, mas ainda era perceptível que ela estava viva. Ainda era possível sentir seu pulso.

Então que outra explosão acontece, desta vez, uma menor, mas ainda forte o suficiente para fazer as pessoas que ainda estivessem em pé perderem um pouco do equilíbrio

Illaryia - Acorda!! Ei você, acorde!! - A onda de choque derruba a menina que se levanta um pouco mais devagar do que da outra vez por causa dos machucados - Você não vai acordar não vai? Illaryia checa a respiração da garota, pega a humana no colo e tenta tirá-la dali.

Depois de pegar um transporte até os arredores, o krall finalmente chega no campus do I.T.A

Rael: droga... espero que o disco esteja inteiro... diz, olhando para pessoas correndo envolta dele, fugindo do instituto e que ninguém esteja ferido... diz, correndo em direção ao pátio do instituto

Assim que Nikana sai do estabelecimento, ela vê Isaac e seu amigo subindo em suas respectivas motos. A mercenária alcança eles no momento em que eles iam partir.

Nikana: Hey, será que vocês podem me levar com vocês? Eu preciso chegar num local que é bem perto do Instituto, e pelo jeito de vocês, é pra lá que estão indo.

Ela se aproxima dos dois rapazes, esperando uma resposta.

Juntaekk: Pula na garupa ai, senhorita. Você não me disse seu nome ainda, mas eu nunca recuso caronas para garotas bonitas - o krall pisca de um jeito maroto para Nikana, dando um tapinha na garupa da moto ao mesmo tempo - mas é melhor você se segurar bem, Senhorita Cafée

Nikana arqueia a sobrancelha levemente ao ouvir as palavras do homem, mas era uma carona que ela queria e era uma carona que ela estava recebendo, não tinha motivos para reclamar.

Nikana: Eu vou querer ficar algumas quadras antes do Instituto, mas obrigada pelo favor, vou ficar te devendo uma.

Subindo na garupa da moto, a mercenária fala:

Nikana: Quanto a questão de nomes, bem, meu nome é Nikana, e o seu seria...?

Rael chega no pátio do instituto, e vê várias pessoas caídas. Umas estavam feridas, outras desmaiadas. O caos reinava naquele lugar, e aquele lugar era sem sombra de dúvida um dos últimos lugares que o krall queria estar no momento.

Mas não é como se ele tivesse escolha, sua vida acadêmica dependia disso.

Rael: droga... eu precisa entrar lá, mas... sabe-se lá o que tem lá dentro... diz, enquanto se aproximava da entrada do prédio

Juntaekk: Eu sou Juntaekk. Juntan, se preferir - o krall diz, com um leve sorriso nos labios - mas, infelizmente não temos tempo suficiente pra melhores apresentações, Srta Nikana Cafée. Sobe e se segura.

Isaac deu um leve sorriso e acelerou sua moto em direção ao ITA. O que quer que estivesse acontecendo lá, pessoas precisavam de ajuda. Não importava se fosse explodir outra vez, se o jovem conseguissem salvar alguém, já valeria a pena.

Isaac - Vamos lá!

Dessa vez, Isaac acelerou com tudo sua moto. Estava usando toda sua capacidade, não tinha tempo para brincadeiras. Eram vidas que estavam em perigo.

Isaac - E eu prometi, depois daquilo, que se pudesse fazer algo para salvar alguém, eu faria. - pensou enquanto seguia pela via principal de Ankais.

A mercenária sorri para o Krall, dizendo:

Nikana: Bem Juntaekk, é melhor nos apressarmos ou vamos perder o jovem Isaac de vista.

Dizendo isso, a garota termina de se arrumar sobre a moto, segurando firme na garupa.

O krall acena positivamente, e acelera o mais rápido o possível, seguindo Isaac, que fez o mesmo.

O quanto antes eles chegassem na casa de Nikana e em ITA, o melhor.

Conforme Juntaekk e Isaac dirigiam, Nikana percebia que os garotos estavam extremamente apressados para chegar no ITA. Eles não pareciam apenas curiosos que queriam lá ver o acidente, mas provavelmente conheciam alguém que estava no Instituto na hora das explosões. Conforme o percurso passava, a casa da mercenária surgiu no horizonte e ela apertou levemente o ombro do Krall.

Nikana: É aqui, pode parar. Boa sorte lá no instituto, eu fico te devendo um favor por essa.

Ela desce da moto, acenando para o Krall que havia lhe oferecido a carona.

Após deixar Nikana em sua residência, Juntaekk segue apressado para a ITA, com Isaac praticamente em sua cola.

Ele se impressionou pelo fato da garota ruiva morar em Nova Ankais e perambular pela Baixa Ankais. 
Se bem que ele mesmo não era ninguém para julgar ninguém ... mas, esse assunto não importava. O que importava era garantir que Rafaella estava bem. Juntaekk, como krall, sentia atração sexual por várias mulheres, e nunca escondia isso. Ele as tratava bem, e de vez em quando até passava uma cantada nelas. Mas Rafaella era diferente. O amor dele por ela ... era diferente.

Ele trincou os dentes com força. Ela o amaria de volta? Se importaria com um perdedor tão grande quanto ele? 
Quem sabe ... ela não olharia para ele, se a salvasse?

Juntaekk: "Não, sua mula, foco, FOCO. Primeiro você tem que SALVAR ela. Não importa o resto. A vida dela é mais importante do que tudo, mesmo se ela .... não retribuir"


Em poucos segundos, o krall e Isaac chegaram à Instituição, parando as motos com um alto cantar de peneus.

Os dois viram todos os feridos no caminho, e esperando que não houvesse nenhum morto, saíram correndo pelo campus, à procura da Trufinha de Cereja

Assim que Isaac e Juntaekk somem de seu campo de visão, Nikana corre para dentro de casa, pegando todos os equipamentos que precisava e mudando sua aparência para a missão.

A mulher retirou a lente ocular que deixava seus dois olhos verdes, deixando sua heterocromia aparente, ao passo em que trocou de roupa para vestir seu colete reforçado e colocar um grande casaco por cima deste. Prendendo o cabelo em um rabo de cavalo longo e único e pegando sua espada iônica, a mercenária estava pronta para ir para o Instituto.

Nikana: Bem, tenho que me apressar para chegar lá rápido, não quero perder nada, afinal, a coleta de informações é praticamente metade do meu trabalho.

Saindo de sua residência, a mercenária corre extremamente rápido, tomando atalhos que qualquer humano sem treinamento adequado se impressionaria de ver. Em poucos minutos ela chega até o ITA.

Isaac estacionou a moto no... estacionamento (AHVA) e então começou a seguir Juntaekk pelo Instituto. Ao ver todas aquelas pessoas feridas, seu coração se apertou. Quem poderia ter feito isso? Tinha um motivo maior além de somente causar desespero? 

Isaac - Ei, Juntan, aonde está indo? - perguntou ao perceber que o rapaz estava caminhando como se em busca de algo específico.