Residência-Bar dos Wemyss

Juntaekk acompanha Isaac para dentro do restaurante dos Wemyss. Algumas pessoas se encontravam no local, em sua maioria, humanos, aproveitando um café da manhã um tanto quanto tardio.

Alguns, pelo que o krall percebeu, tomavam uma estranha bebida de cor escura, da qual ele nunca tinha visto antes [é café].

Juntaekk: Wow. Tem bastante gente aqui até, pra esse horário - ele diz, olhando em volta, abobado - o que é aquilo lá?

Isaac sorri com a expressão abobada de Juntaekk e então lança um olhar para o que o rapaz apontava. O tal líquido escuro, chamado café pelos humanos, na mesa de vários clientes.

Isaac - Chama-se café. Costumamos beber isso no período da manhã, enquanto tomamos nosso café da manhã. O nome é bem óbvio. Alguns bebem com leite, outros puro. Quer experimentar?


O jovem Wemyss acenou para os trabalhadores e deu um sorriso ao ver sua mãe detrás do balcão, preparando mais café nas jarrinhas.

Juntaekk: Claro, com certeza. Vocês humanos sabem preparar coisas cheirosas, heim? Adorei o cheiro de "café".

O krall segue o humano até o balcão, onde se senta, ainda admirando o cheiro da nova bebida. Que gosto será que teria? 

Enquanto estava perdido em pensamentos, Juntaekk vê Isaac e uma senhora, que deveria ser sua mãe, conversando rapidamente, enquanto a senhora mais velha preparava uma xícara generosa do líquido escuro.

Em uma das mesas do bar se encontrava uma freguesa que estava frequentando aquele local cada vez mais. Atraída pelo ambiente, pelo preço e pelo sabor, Nikana gostava daquele restaurante. Recentemente ela havia começado a conversar com Chrystal, a dona do bar, e ela parecia ser uma pessoa bem agradável, o tipo de pessoa que gosta de fazer caridades por não suportar ver gente em situação ruim.
Porém, o que tinha levado a mercenária até o barstaurante nesse dia não tinha sido a companhia de Chrystal, mas sim o forte café que a mesma sabia preparar. Tendo passado a noite passada trabalhando, um bom café era a coisa perfeita para se iniciar o dia.
De repente o garoto que ajudava Chrystal no bar entra, acompanhado por um Krall, sendo que este parecia bastante interessado no local e principalmente em café, pelo que a mercenária tinha conseguido captar da conversa deles.

Nikana: (O jovem bartender... Isaac, se me lembro bem? É bom ver que ele está acompanhado de alguém, normalmente ele sempre anda sozinho cuidando do bar.)

Nikana acompanhou o movimento dos dois com o canto dos olhos por um instante, mas logo perdeu o interesse e voltou a tomar o seu café.

Então, podia-se ver uma xícara de café sendo posta sobre a mesa do bar. A tal xícara, que acabou de ser colocada pela tal senhora que conversava com seus clientes. Rápida e ágil, logo depois de pô-la sobre a mesa, ela se dirigia aos demais fregueses, sentados no balcão, anotando seus pedidos.

É então que podia-se ouvir a porta do bar se abrindo, e dali, entravam 5 atmorianos - todos telannares (dois machos e três fêmeas da espécie alienígena).

Os cinco trajavam roupas bem típicas da cidade baixa, típico dos telannares que ali viviam: casacos, calças longas e camisas de tecido sintético. Os cinco trajavam um estilo bem desleixado e informal, com adereços bem "incomuns" - se comparando com a parte alta.

Telannar: e ae galera? Cheguemo fala um dos telannares, abrindo os seus braços e chamando a atenção de todos ali. Este usava uma touca preta na cabeça, um casaco preto (bem sujo), calças e camisas marrons. Embora não fosse possível ver completamente seu cabelo por causa da touca, algumas mechas de seu cabelo saíam da lateral da touca, relevando um cabelo loiro-escuro.

Ao ver o grupo chegando, vários clientes que estavam ali dentro ficaram apreensivos. Uns trocaram de mesa, indo para um lugar mais afastado do bar, outros mesmo saíram.

Juntaekk deu um gole em seu café, e se engasgou por dois motivos: primeiro: o líquido tinha queimado sua língua. Segundo: Aquela galera de tellanares era bem conhecida pelos cantos da parte baixa de Ankais. 

Até mesmo ele, que evitava os lugares mais barra-pesada, sabia quem eles eram. E o que podiam fazer.

Uma telannari, que acompanhava o telannar de touca preta, põe-se a pronunciar:

Telannari: puts, Liro, parece que a galera aqui já tá com medo da gente! A gente nem fez nada de ruim pra eles ficarem assim! diz a telannari, pondo as mãos na cintura. Esta possuía um cabelo loiro curto, na altura dos ombros. Possuía um corpo esguio e alto (a primeira vista, era bem visível que ela é a indivídua mais alta dos cinco). Ela usava um casaco marrom, uma camisa branca e uma calça jeans azul cheia de rasgos (e provavelmente de origem humana, já que a costura não parecia se adequar muito a sua estatura).

Liro, o telannar de touca assente com a cabeça com o que a telannari tinha acabado de falar e comenta com esta

Liro: odeio quando as pessoas nos julgam como "perigosos", quando que na verdade não somos perigo a ninguém... fala, cruzando os braços e fitando os fregueses que ainda estavam no bar o por ninguém eu me refiro àqueles que se recusam a colaborar conosco diz, exibindo um sorriso malicioso

Outro telannar, este de cabelos brancos e trajando um casaco de couro preto, olha para Liro e diz:

Telannar: mas eu acho que as pessoas aqui são sensatas, não? Não vejo motivo para que elas não colaborem conosco fala, rindo.
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Nikana continua bebendo seu café após a entrada do grupo de Telannares. Assistindo tudo com calma, ela podia facilmente identificar que tipo de situação era aquela. Ela rapidamente passa a mão sobre sua roupa, que no momento era um casaco fechado negro bem volumoso e nota que havia esquecido sua espada em casa.

Nikana: (Um verdadeiro guerreiro nunca tira folga... mas esquece suas armas de vez em quando. Se fosse uma situação comum, eu só iria sair, não vale a pena batalhar contra gente desse tipo, mas esse é o bar da Chrystal, eu não posso deixar esse tipo de coisa acontecer.)

A mercenária termina seu café e suspira, ao passo em que se levantava da cadeira. Olhando para o grupo de delinquentes, ela diz:

Nikana: Vocês não poderiam estar em um outro lugar, fazendo alguma outra coisa? Tipo, não sei, um trabalho honesto?

Ela sabia que só palavras não amedrontariam gente daquele tipo, mas preferiu não tomar nenhuma posição de batalha, só mantendo o rosto alto enquanto observava o grupo.

O krall, estupefato com aquela situação, acaba cuspindo todo o resto de seu café

Juntaekk: "Mas que diabos, essa moça ai é doidona. Melhor eu tentar fazer alguma coisa ..."

Ele se levanta, até o lado de Nikana, e diz, amigavelmente

Juntaekk: Ora, mas não se estranhem ... todo mundo quer só tomar um caféee e encher o bucho, não é? Pra que brigar não ... é ... mesmo?

Ele diz, olhando de Nikana para os telanar, com uma risadinha nervosa

A telannari de cabelo curto olha para a humana e logo depois para o krall e diz:

Telannari: trabalho honesto? Mas como você pode nos acusar dessa forma! Você sequer sabe o que viemos fazer aqui e já vem nos acusando dizendo que não exercemos uma profissão honesta! fala, exibindo uma feição de espanto força e exagerada

Liro: bem... a gente não trabalha mesmo... diz, dando de ombros mas isso não vem ao caso. O que vem ao caso é que nós queremos tomar um bom kaëfe forte, bem preto, bem forte. O especial da casa. diz, olhando para a senhora que atendia todos atrás do balcão não somos ameaça para ninguém... a não ser que vocês não queiram cooperar, claro... aí não prometo muita coisa de nossa parte.

A garota faz uma expressão de surpresa ao ouvir as palavras dos dois tellanares. Ignorando o Krall, Nikana dá dois passos para trás, um pouco surpresa:

Nikana: Ah, então vocês só querem comprar um café. Me desculpem, eu entendi errado, achei que vocês queriam GANHAR um café, se vocês querem só comprar, me ignorem, façam o que tem que fazer.

A mulher ergue as duas mãos na altura dos ombros, com as palmas das mãos viradas para o grupo ao mesmo tempo em que mantinha um sorriso forçado, como em um gesto de desculpas.

Isaac, que até o momento estava ajudando a sua mãe com algumas tarefas do bar, percebeu a movimentação e logo viu o grupo de Telannares entrando. Já eram conhecidos por aquelas bandas por vários incidentes, mas justamente nessa manhã? Juntaekk estava ali pela primeira vez, o Wemyss já estava começando a ficar irritado com sua sorte.

Isaac - Quando faço um amigo... argh. Mãe, deixa que eu cuido disso, viu? Não se preocupa.

Ao ver que os clientes - principalmente uma moça de cabelos avermelhados e Juntaekk - já estavam começando a interagir com os Telannares, Isaac caminhou até eles com uma expressão neutra, mas tentando parecer gentil o bastante para não iniciar uma batalha. Ora, era um bar-restaurante, se quebrassem algo ali, teriam de pagar pelos móveis. E o jovem tinha em mente que aqueles Telannares ali... não iriam ajudar de forma alguma com o dinheiro.

Isaac - Amigos, acalmem-se. O que está acontecendo aqui? Os senhores - Isaac olhou para as Telannaris - e as senhoritas, desejam uma mesa?

Liro olha para o humano, e exibindo um sorriso maroto (e mesmo sarcástico), diz a ele:

Liro: estão vendo isso! fala, elevando seu tom de voz para que todos do balcão pudessem ouvir AQUI ESTÁ UM CAVALHEIRO DE VERDADE! diz, fazendo uma reverência a Isaac alguém civilizado e que nos pergunta com educação!

Então a telannari de cabelos curtos vai ao humano e diz-lhe

Telannari: queremos apenas um kaëfe, por favor? diz, cruzando os braços café preto, forte, o maior copo que vocês tiverem, para nós cinco.

Como quase toda manhã, Nathan entrou pela porta em silêncio, sem cerimônias. Teve uma noite horrível, mal conseguiu dormir, seus pesadelos costumeiros vieram lhe visitar como todas os outros dias. Seu corpo perdia por um bom café dos Wemyss, só de abrir entrar no local seu estomago roncava voraz.

Para sua tristeza, sua manhã parecia que ia ser tão turbulenta quanto sua noite. Aparentemente alguns clientes estavam começando a se 'exaltar'. Perfeito, agora para acabar com chave de ouro, só me faltar ter acabado o café daqui. Sem humor algum, colocou-se em pé no canto do balcão mais afastado possível do que aparentava ser inicio de um tumulto patético entre raças diferentes, ali aguardava ansiosamente para pedir seu café.

Com a intervenção de Isaac, Nikana recua levemente, vendo que o garoto havia conseguido acalmar a situação por hora. A mercenária volta a se sentar na mesma cadeira que estava antes.

Nikana: (Posso não ser nenhuma vidente, mas tenho certeza que algo vai acontecer aqui. Vou ficar mais um tempo de guarda, só observando.)

A humana fita o grupo pesadamente, esperando que eles cometessem algum deslize.
(ヽ༼ຈل͜ຈ༽_•︻ ┻̿═━一 I'VE GOT TELANNARES IN MY SIGHTS!)

Isaac dá um sorriso contido de volta e assente para o grupo. 

Isaac - Mas é claro. Vou preparar para vocês, esperem um pouquinho. 

O jovem caminhou até o balcão onde sua mãe estava e mais atrás viu um homem apoiado ali perto. Ao que parecia, estava esperando ser atendido, mas Chrystal estava focada no grupo de Telannares. Isaac deu uma risada agora mais descontraída e cutucou sua mãe no ombro, enquanto preparava os cinco copos de café, ou melhor, kaëfe, forte para os clientes especiais.

Isaac - Está tudo bem, mãe. Atenda aquele homem ali, daqueles lá, eu cuido. - Isaac deu uma piscadela marota para sua mãe e voltou a atenção para o processo de fazer café.

A mãe de Isaac assente com a cabeça e então vai em direção ao homem sentado no balcão.

Chrystal: olá Nathan diz, exibindo um sorriso maroto para Nathan como vai o dia? diz, pegando alguns materiais de cozinha

Enquanto isso, no outro lado do bar, os telannares se sentaram numa mesa próxima da bancada do bar, (mas longe o suficiente de Nathan - e mesmo de outros clientes que estavam ali). Mesmo dali, era possível ouvir os cinco conversando alto em seu idioma nativo, alto o suficiente para irritar que estivesse ao redor.

Isaac, após alguns minutos, finalizou o pedido e colocou os cinco copos grandes em cima de uma bandeja. Levou-os até a mesa onde os Telannares se encontravam, com aquele mesmo sorriso contido, na tentativa de parecer gentil e não tenso.

Isaac - Aqui está, senhores e senhoritas. O açúcar esta naquele potinho ali - apontou para um dos vários potinhos em cima da mesa - caso precisem. Desejam mais alguma coisa?

A cada segundo que passava, aquela situação no bar se tornava mais incomoda, mesmo estando a uma boa distância de Nathan, aquele bando de arruaceiros ainda eram no mínimo irritantes, e o humano mesmo debaixo da máscara conseguia perceber que o sentimento era mútuo entre os demais clientes. Como Chrystal pode permitir isso? Nathan não era um homem que detestava diversão, mas achava que tinha lugares certos para coisas certas. Seu resmungo mental foi interrompido pela aparição súbita dá própria Chrystal.

Nathan: Meu dia? Até agora péssimo, mas um daquele seus cafés poderia arrumar isto em segundos. - Falou com um pequeno sorriso no rosto, mesmo que as outras pessoas só vissem em seu rosto uma máscara sem expressão. Esperou até a dona do bar retornar para falar em um tom baixo e discreto - Você está precisando de ajuda? - Balançou com a cabeça em direção ao grupo tagarela.

Chrystal solta um suspiro, e diz a Nathan com um sorriso meio forçado

Chrystal: não... não se preocupe. Está... tudo bem diz, enquanto preparava o café do homem bem, eu não quero que você se preocupe comigo ou com esses telannares, não é como se eu não pudesse dar conta deles diz, já pondo os grãos de café torrados dentro da cafeteira e logo em seguida adicionando água. Ah! Gostaria de ler o jornal de hoje?

Enquanto isso, na mesa onde estavam os telannares, a atmoriana de cabelos loiros curtos fala a Isaac, com um sorriso maroto

Telannari: qualquer coisa, nós te chamamos, querido diz a telannari. A última palavra num tom de voz lascivo e insinuante, porém, também ameaçador, como se a telannari estivesse "provocando" o homem

Então os telannares pegam os copos de café, levantam-nos e brindam, batendo os copos um no outro. Logo após isso eles emborcam os copos sobre suas bocas.

Isaac dá um sorriso maroto, ainda que estivesse receoso com a visita daqueles Telannares por ali, e faz uma leve reverência antes de se afastar e voltar para o balcão, perto de onde Juntaekk havia sentado-se outra vez, sua mãe e o homem mascarado.

Isaac - É cada um que aparece no bar... Tudo certo por aqui, mãe? - perguntou para Chrystal e então lançou um sorriso gentil ao "homem mascarado" - Bom dia senhor.

Mesmo incomodado, Nathan concordou com Chrystal, já imaginava que se ela quisesse poderia os ter expulsos, principalmente com o filho dela, tentou lembrar do nome dele, Isec...Isparc...Isalak... Achou que isso era algo para pensar depois do café, e em um lugar mais silencioso de preferência. 

Nathan: Sim, gostaria do jornal, por favor - Respondeu para a Wemyss. Um de seus passatempos favoritos era ver as noticias do dia, mas sabia que na cidade-baixa algo interessante era difícil acontecer.

Enquanto isso, percebeu que o rapaz Ispac...Ishac... voltava para possivelmente ajudar sua mãe. Rapaz educadamente lhe cumprimentou, quando estava prestes a retornar a gentileza, os telannares brindaram, fazendo um barulho alto de vidro batendo e vidro. Isso o enfureceu.

Nathan: Como eu poderia ter um bom dia com esses selvagens aqui? - Respondeu com grosseria ao rapaz, mas logo percebeu o que falou, não queria ser rude com o garoto, principalmente um que pode estar mais frustrado que a clientela - M-me desculpe, não foi minha intenção. - Tentou se desculpar, sabendo que seria inútil, com a aparência que tinha, já era acostumado a receber insultos de volta e não ser desculpado.

Isaac se retraiu um pouco com a resposta, estava chateado também com a presença dos Telannares por ali. Porém, tinha de tratá-los bem, a sua consciência não deixaria que maltratasse qualquer outra pessoa. E além do mais, apesar do barulho, os Telannares não estavam fazendo nada de errado. Foi quando ouviu as desculpas do homem mascarado, e então abriu um sorriso maroto e deu uma piscadela. Com todo aquele fuzuê no bar, era normal as pessoas perderem o controle das palavras.

Isaac - Tudo bem, senhor. Logo logo eles vão embora, só querem um café. Você sabe - Isaac lançou um olhar animado para sua mãe - é aqui que fica o melhor café da cidade.

O rapaz deu uma risada baixa e então voltou o olhar para todo o bar. Estava pronto, assim como os outros garçons, para caso algum cliente o chamasse.

Nikana observava os tellanares com cuidado, e apesar deles estarem aparentemente se esforçando para incomodar o resto da clientela e os funcionários do bar, eles não estavam cometendo nenhum crime. Ser desagradável não é motivo para bater em ninguém, pelo menos era assim que Nikana vinha pensando de uns tempos para cá.

De relance, ela podia ver que Chrystal havia parado de ficar focada nos tellanares e que estava voltando a atender outros clientes, a intervenção de Isaac tinha sido um sucesso por enquanto.

Nikana: (Ah, parece que está tudo certo... mas, já que eu vou esperar aqui até esse grupo sair, acho que poderia tomar outro café) Hey, garoto, pode me atender por um instante?

Ela ergue a mão e agita na direção de Isaac, querendo que ele se aproximasse.